De acordo com o mais recente levantamento da Ebit, o e-commerce brasileiro faturou R$ 21 bi no primeiro semestre do ano, o que significa um crescimento de 7,5% em comparação com o mesmo período de 2016, quando o registro foi de R$ 19,6 bi.
Ainda segundo o relatório Webshoppers 36, o número de compras aumentou em 3,9%, de R$ 48,5 milhões para R$ 50,3 milhões, sendo que o tíquete médio aumentou 3,5%, passando de R$ 403 para R$ 418. Para Pedro Guasti, CEO da Ebit, a economia brasileira está dando os primeiros sinais de reação em 2017, combatendo a crise econômica que se instalou no país no ano passado, e isso se reflete positivamente no e-commerce.
"No primeiro semestre de 2016, no auge da crise política e econômica, o número de pedidos registrou queda pela primeira vez na história, retraindo 1,8%. Nos primeiros seis meses deste ano, além da recuperação do crescimento, o e-commerce ultrapassou pela primeira vez a barreira de 50 milhões de pedidos", revelou o executivo.
O estudo mostrou, ainda, que uma das principais causas para o aumento no número de pedidos foi a queda nos preços dos produtos que são vendidos nas plataformas online. Segundo o índice FIPE Buscapé, que monitora o quanto os valores no e-commerce evoluem, houve uma deflação de 5,38% nos últimos doze meses. "Em condições favoráveis de mercado, o comportamento do índice é deflacionário, principalmente devido a sua composição e suas características", explica Guasti.
Ao avaliar o M-commerce, que são as vendas virtuais que acontecem em plataformas móveis, o estudo mostrou que o crescimento das vendas via smartphones está bem acima da média do mercado. No primeiro semestre de 2017, esse aumento foi de 35,9%, nove vezes maior do que o volume de pedidos do mercado em geral.
"O que mais impressiona é o crescimento de 56,2% de volume financeiro. Esse movimento deve-se à aproximação do valor do tíquete médio de compras via dispositivos móveis, que registrou aumento de 14,9% no período, se comparado ao mercado como um todo", apontou André Dias, COO da Ebit.
Nesse cenário, os lojistas virtuais que comercializam seus produtos por dispositivos móveis reduziram a oferta de frete grátis. Essa redução foi de 42% no segundo trimestre de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. "O mercado definitivamente tem procurado manter o posicionamento na oferta de frete gratuito apenas para algumas categorias mais específicas de mercado ou quando o consumidor não tem urgência para receber o produto. Dessa forma, pode aguardar por um tempo maior de entrega ou ainda retirar os produtos em alguma loja física", explicou Dias.
Para a segunda metade do ano de 2017, o mercado espera que as três grandes datas do calendário varejista (Dia das Crianças, Natal e Black Friday) impulsionem ainda mais as vendas. A Ebit espera um crescimento de 12% a 15% graças às vendas nessas datas.
O relatório Webshoppers 36 completo pode ser acessado por meio do site da Ebit.
Fonte CanalTech.