O WEBSHOPPERS
Realizado pela Ebit desde 2001, o Webshoppers é o estudo de maior credibilidade sobre o comércio virtual brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento.
Nesta edição, será apresentada a retrospectiva do mercado de e-commerce em 2016, as estimativas para 2017
e as mudanças de comportamento e preferências dos consumidores.
O estudo visa traçar o rumo do mercado de compras on-line e contribuir para o entendimento e desenvolvimento do setor.
Ainda que não tenha registrado o expressivo crescimento de outrora, o comércio eletrônico tem motivos para comemorar o desempenho de 2016, com expansão nominal de 7,4%. Foi um dos poucos setores a andar na contramão da crise, registrado expansão, enquanto o varejo físico, por exemplo, encolheu mais de 10% nos últimos dois anos, de acordo com a medição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltando a patamares registrados em 2012.
Inúmeros fatores ajudaram o e-commerce a passar pelos períodos mais agudos da crise de forma menos dolorosa no ano que passou: os preços oferecidos pelo varejo eletrônico continuaram sendo menores do que os do varejo físico e isso, em tempos de recessão, fez com que o consumidor encontrasse nas com- pras virtuais um meio de economizar. O sucesso da Black Friday de 2016 deve-se, em partes, a essa busca pelos melhores preços. Em um único dia, 25 de novembro, as vendas atingiram a marca de R$1,9 bilhão, alta de 17% ante 2015.
Soma-se a isso a expansão do mercado de smartphones, que trouxe uma enorme gama de novos e-consumidores – mais de 21% das transações on-line foram realizadas por meio de dispositivos móveis em 2016. No ano passado, quase 1⁄4 da população brasileira - 48 milhões de pessoas – compraram on-line pelo menos uma vez, uma significativa alta de 22% ante 2015. Mesmo com a valorização do dólar ante o real, a Ebit estima que 21,2 milhões de brasileiros compraram em lojas virtuais internacionais no ano passado.
Depois de dois conturbados anos, a economia brasileira esboça seus primeiros sinais de melhora - prova disso é o controle da inflação da cesta de produtos do comércio eletrônico medida pelo Índice FIPE Buscapé, que após registrar o au- mento recorde de 11,76% em março, fe- chou dezembro com deflação de 2,01% -, por isso a Ebit acredita no fortalecimento desses drivers para 2017. A expectativa é de um ano de crescimento nominal mais forte, de 12%, ainda sem o brilho dos primeiros anos desta década, mas voltando aos dois dígitos de crescimento.
POPULARIZAÇÃO DO USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS FORTALECEU O E-COMMERCE BRASILEIRO. EM 2016, 21,5% DAS COMPRAS VIRTUAIS FORAM FEITAS POR MEIO DE SMARTPHONES OU TABLETS